Brasil, Argentina e Alemanha são os países que pela primeira vez vão actuar no palco do Festival de Teatro do Cazenga, na sua décima segunda edição, que abre a 5 de Julho, na Sexta Avenida, em Luanda.
Actores do Pitabel um dos grupos de Luanda que tem participado no Festival do Cazenga Fotografia: Dombele BErnardo| Edições Novembro
No total são 30 grupos, entre nacionais e estrangeiros. Segundo o director do festival, Orlando Domingos, a estreia do Brasil, da Argentina e Alemanha vai tornar extensiva a internacionalização do Festeca, que prevê 30 espectáculos, 26 em salas convencionais e quatro em zonas paralelas. Organizado pela Associação Globo Dikulo, o festival alberga também seis conferências, sete oficinas e uma reunião técnica com os grupos. A nível nacional participam quatro grupos das províncias de Benguela, Cuanza Sul, Malange e Luanda. Entre os grupos estrangeiros, o Festeca recebe três grupos do Brasil, dois grupos Portugal, Moçambique, um de São Tomé e Príncipe e da Argentina. Orlando Domingos informou que a organização faz o possível para manter os níveis das edições
anteriores, tais como aposta na qualidade e dar maior abertura aos grupos anfitriães, do município do Cazenga, que vai ser representado com seis grupos. Orlando Domingos assinalou que se pretende mostrar que o município é o espaço privilegiado e de vanguarda para o teatro em Angola. O também director do Animart explicou que nos últimos tempos registou-se um retrocesso do teatro a nível do Cazenga, em relação ao número de grupos, com desistências constantes. “Notamos que nos últimos dois anos houve um retrocesso, porque alguns grupos deixaram de realizar a actividade”, disse Orlando Domingos, apontando como um dos motivos o facto de os actores terem outras ocupações e não conseguem coadunar com o teatro, acabando por abandonar as artes cénicas.