Bonga, que actua hoje em Braga, a menos de um mês de celebrar 76 anos, afirmou-se contente por ter contribuído para “um reconhecimento válido da música angolana e africana”.
cantor e compositor bonga Fotografia: DR
O cantor e compositor recordou, em entrevista à Lusa, “os tempos difíceis” que viveu, tendo chegado a ser proibido de actuar, e quando a música angolana, “de forma pejorativa, era chamada folclore”. “Houve um período de preconceito, em que chamavam (à música angolana) o “folclore”, o que era um bocado pejorativo, e (houve) obstáculos que tive de enfrentar, porque era uma música diferente, que não era valorizada, menos ouvida, e hoje, mais do que nunca, tenho a consciência de ter posto um tijolo nessa grande construção que é a divulgação, consequente, desta nossa música
angolana/ africana”, afirmou o músico, acrescentando que a música angolana, actualmente, “é mais reconhecida e conceituada do que há 20 anos”. Bonga actua hoje no Theatro Circo, em Braga, um concerto que prometeu “ser com muita energia, no ritmo do semba, que não morre, e noutros ritmos angolanos, como a rumba africana que é diferente da sul-americana”. No palco da Avenida da Liberdade de Braga, Bonga vai ser acompanhado pelos músicos Betinho Feijó (guitarra e direcção musical), Ciro Bertini (acordeão), Hernani Lagross (baixo) e Estêvão Gipson (bateria), e pela bailarina Joana Calunga.