Reproduzir um retrato fiel sobre a passagem do tempo, durante uma deambulação pelas fases que marcam a existência humana é o foco da primeira exposição fotográfica de José Pinto Silva, intitulada “Contagem Regressiva”, patente desde a noite de quarta-feira, no Camões - Centro Cultural Português em Luanda.
Uma das obras do fotógrafo José Silva Pinto “Tonspi” Fotografia: TONSPI
Na mostra de estreia, que fica patente até ao próximo dia 28, o fotógrafo José Pinto Silva transporta em meia centena de obras uma viagem pela vida, feita ao contrário: Uma caminhada a partir do momento em que morremos até ao nosso nascimento. Segundo o fotógrafo, com a realização da exposição quis contrariar o modo passivo como se entra e se visita uma galeria, como por ex-emplo, “de simples espectador, o público torna-se parte da própria exposição, é convidado, senão intimado a participar nela”,
justifica o expositor. Definindo-se como um contador de histórias, José Silva Pinto diz que “a sua fotografia é para ser lida, sentida e vivida, recusa a encenação e abuso do tratamento digital fotográfico.” Dividida em dois blocos, a exposição “Contagem Regressiva” é constituída no primeiro bloco por um espaço multimédia onde é narrado o fim por meio de imagens que simbolizam violência, vazio, caos, abandono, decadência, fome, doença, velhice, desespero, mágoa, dor e prece.