O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, anunciou ontem, em Luanda, uma reestruturação que pode incluir novos organismos no processo de fusão entre os dois sectores, que considerou importantes para a recuperação económica.
Ministro (ao centro) com Carlos Saturnino à direita e Jânio Correia Victor à esquerda Fotografia: Dombele Bernardo | Edições Novembro
Diamantino Azevedo, que falava na apresentação dos secretários de Estado para os Petróleos e para Geologia e Minas, respectivamente, Carlos Saturnino e Jânio Correia Victor, disse que a fusão implicará alterações de alguns sectores e que organismos novos podem surgir. O ministro declarou que, apesar dessas mudanças, “todos quadros serão úteis ao sector, porque cada um tem as suas competências”, solicitando o empenho dos quadros na fusão institucional destes dois sectores importantes para a recuperação económica. Pediu aos quadros do sector apoio e disponibilidade para a constituição de uma equipa de trabalho coesa, que permita uma evolução positiva e previu que o ministério vá ter um protagonismo considerável a nível dos sectores institucionais produtivos do país, por tutelar duas áreas de grande importância para o desenvolvimento económico de Angola, nas quais inclui-se a maior empresa pública. Carlos Saturnino e Jânio Correia Victor foram empossados na passada sexta-feira e apresentados ontem aos funcionários do sector da indústria extractiva. O primeiro, Carlos Saturnino, é economista de profissão e ocupou-se de áreas como planeamento estratégico e análise e projectos nas empresas Sonil, Sonamet e Sonangol e já exerceu o cargo de presidente da Comissão Executiva da Sonangol. Jânio Correia Victor é doutorado em Geologia e professor da Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, sendo, até à sua nomeação, membro do Conselho de Administração da Agência Reguladora do Ouro.
Estatuto orgânico Quando foi apresentado aos trabalhadores, a 3 de Outubro, Diamantino de Azevedo disse ter preparado um novo estatuto
orgânico do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, no espaço de uma semana. Diamantino Azevedo falava no acto de troca de pastas e considerou a aglutinação dos dois departamentos ministeriais uma tarefa exigente, na medida em que se deve juntar direcções e gabinetes vindos dos dois sectores e reduzir igualmente direcções e gabinetes para tornar a direcção eficiente, onde todos vão desempenhar um papel preponderante. O sector geológico-mineiro e dos Petróleos juntos são áreas dos recursos minerais que têm um papel fundamental na economia do país e, por isso, apresenta um desafio elevado, disse o ministro que qualifica a tarefa como uma missão difícil, mas que deve ser cumprida com a união de todos os funcionários. Diamantino Azevedo afastou a hipótese de realizar-se novos diagnósticos do sector, já que no seu entender já estão feitos e espelhados no programa de governação apresentado nas eleições gerais. No programa do partido vencedor, o MPLA, estão definidos os objectivos e as metas que devem ser alcançados e desenvolvidos, para o período de governação, cabendo apenas escolher as melhores vias para que isso aconteça. “É isso que faremos, preparar um programa de acção para o cumprimento dos objectivos e metas. Para tal, espero a colaboração de todos os organismos titulares, das empresas públicas e privadas, do sector mineral e dos petróleos e prestar o papel que sempre prestaram”, apontou. Ao entregar as pastas, Francisco Queiroz, até essa data ministro da Geologia e Minas, enumerou as mais significativas realizações do pelouro à luz do programa de governação 2012-2017 e do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2025.