O Instituto Técnico de Saúde da Lunda-Norte formou, desde 2010, um total de 1.007 técnicos entre enfermeiros, farmacêuticos e analistas clínicos, revelou, o responsável da instituição, Simão Dombele.
Desde 2010 o instituto lançou no mercado de trabalho mais de 800 enfermeiros Fotografia: Isidoro Samutula | Edições Novembro
O responsável, que falava durante a visita do governador Ernesto Muangala àquela instituição , informou que foram formados 870 técnicos médios de Enfermagem, 31 e de Farmácia e 148 de Análises Clínicas. Simão Dombele disse que a instituição tem um défice de professores, particularmente para as disciplinas de Fisioterapia e Estomatologia, implementadas este ano. “ o reduzido número de professores está a condicionar a introdução, no próximo ano, do curso de Radiologia”, disse. De acordo com Simão Dombele devem ser inseridos, no sistema curricular, mais seis cursos, “de forma gradual”, para completar os 12 que conformam o pacote de formação dos institutos técnicos de saúde. Actualmente, a instituição conta com 68 professores, entre nacionais e cubanos. “Este número é muito inferior, tendo em conta as exigências da formação. Portanto, para se garantir o normal funcionamento da escola são necessários 308 funcionários, entre docentes e administrativos”, frisou. Simão Dombele disse que o instituto passa por dificuldades financeiras, e por conta disso tem uma dívida de 15 meses de salários em atraso com professores colaboradores, que foram contratados para ministrar disciplinas técnicas. O director disse que o instituto deve os proprietários dos imóveis onde funcionam as sucursais, empresas de segurança, operadora de resíduos sólidos, do transporte que assegura a mobilidade dos professores. Outra preocupação manifestada por Simão Dombele é a solução
do processo de entrega ao instituto de instalações próprias, apesar de reconhecer que as condições de trabalho das actuais instalações, pertencentes a um infantário, são boas, carecendo apenas de outras valências essenciais para o funcionamento das aulas práticas, recomendáveis para a formação técnica na área de Saúde. Recordou que há cerca de três anos que as autoridades da província da Lunda-Norte iniciaram as obras de construção do futuro Instituto Técnico de Saúde , que se encontram paralisadas por questões financeiras. O governador provincial da Lunda-Norte, por seu lado, disse que as preocupações apresentadas pela direcção da escola serão analisadas num encontro alargado, de modo a encontrar-se soluções e traçar-se as prioridades. Ernesto Muangala mostrou-se feliz pelas condições da escola e da forma como está a ser gerida. Numa visita ao local, o governador percorreu as 16 salas de aula e os diferentes compartimentos, e disse sentir-se encorajado pelo empenho e dedicação de professores e alunos, para que a província possa contar com quadros competentes e qualificados, para prestarem melhor serviço de saúde à população. Ernesto Muangala realçou o facto de a província contar, desde o ano passado, com quatro novos hospitais totalmente apetrechados e que actualmente não estão a funcionar em pleno por falta de recursos humanos. Manifestou o interesse de o Instituto Técnico de Saúde da Lunda-Norte passar a ser o suporte para o fornecimento dos técnicos nas unidades hospitalares da região.